Não podia reclamar é minha a casa desde o ocorrido.
20 de Janeiro de 1814
- Mama? Onde você está? - eu gritava enquanto descia bem devagar os degraus da escada - Mama? - gritei novamente - Está me ouvindo? Mama? Papai? - quando desci o último degrau da escada senti algo puxar meus pés -
- Não grita, eles podem te ouvir - meu pai disse colocando a mão em minha boca -
Eu não fazia ideia do que estava acontecendo mas sabia que não era nada bom, pois meu pai estava tremendo.
Ouvi passos que pareciam vir da cozinha foi aí que me perguntei onde minha avó estava mas minha pergunta foi respondida quando ouvi o grito falho dela.
Meu coração acelerou ao ouvir aquilo, meu pai imediatamente saiu de baixo da mesa onde estávamos gritando "Deixem-nos em paz".
Eu não podia ver quase nada pois não existia eletricidade e tínhamos que nos virar com velas.
Ouvi mais um grito desta vez do meu pai até que senti uma mão gelada me puxar pela perna. Era um homem alto, olhos verdes com cara de mau.
Ele me amarrou na cadeira e coloco uma mordaça em minha boca mais dois apareceram e um deles ficou apontando uma arma na minha cabeça enquanto os outros seguravam meu pai e minha avó.
- Vou te dar o prazer de assistir isso. - o homem disse e segurou meu rosto me obrigando a olhar os dois ali - Por qual começaremos primeiro? Que tal a avó?
Ele disse e um deles pegou um machado, comecei a chorar desesperadamente quando ele passou o machado no pescoço dela, fechei os olhos, me recusava a ver aquilo.
- Abra os olhos ou eu atiro em você! - ele disse me dando uma coronhada -
- Então me mata logo!
O ouvi rir e tudo ficou em silêncio por um momento eu havia me acalmado achando que tinha sido um sonho, mas tudo passou quando ouvi o barulho da arma sendo disparada, abri os olhos e vi meu pai morto com um tiro na cabeça.
Eram tantos sentimentos juntos que não conseguia nem pensar, só queria que me matassem também para acabar com tudo. E assim fizeram, só que de um jeito mais cruel.
Fizeram vários cortes profundos em meu corpo e logo depois jogaram álcool, eu gritava de dor, pegaram uma das velas e jogaram em mim me fazendo queimar completamente. E ainda deram vários tiros em mim.
[...]
NARRADOR P.O.V
Ninguém entendeu o por que daquela coisa horrível, a família Lovato nunca havia feito nada a ninguém e enquanto o policial se perguntava isso veio a notícia de que Lauren Jauregui melhor e única amiga de Demi também foi morta de um jeito cruel.
Seis meses depois haviam encerrado o caso pois não acharam os assassinos.
DEMI P.O.V
Eu ainda continuo aqui, nunca mais vi meu pai e minha avó, foram para o céu talvez? De uma certa forma não era ruim morar ali, eu assustava algumas pessoas que ousavam entrar e as vezes as matava.
Eu ainda continuo aqui, nunca mais vi meu pai e minha avó, foram para o céu talvez? De uma certa forma não era ruim morar ali, eu assustava algumas pessoas que ousavam entrar e as vezes as matava.
Era engraçado ver o quão medrosas e idiotas as pessoas são quando se trata de espíritos. E isso é o que me mantinha forte. O medo deles.
- Você pensa muito e age pouco. - fui tirada de meus pensamentos quando vi Lauren parada ao meu lado - Acabaram de sair duas garotas daqui... elas compraram a casa. - ela disse risonha -
- O que? Como assim? - perguntei incrédula - Como ousam invadir minha casa desta maneira?
- Por favor para, você sabe que tenho medo quando você muda de expressão e fica deste jeito.
Ela estava se referindo a um jeito assustador que eu fico quando alguma coisa me aborrece ou simplesmente quando eu quero.
Meus olhos ficam brancos e meu rosto cheio de cortes fundos e quando eu abro a boca só se vê sangue, eu adoro aquilo.
- Não me importo! Eu não quero elas aqui Lauren!
- Agora já é tarde.
VOCÊ P.O.V
- Camila por favor acalme-se! - eu repetia isso enquanto ela andava de um lado para o outro -
- Me acalmar? Você tem noção da casa que acabamos de comprar? Pessoas morrem lá dentro (seu nome) MORREM!
- Não acredito nessas coisas, e se tivesse mesmo algo lá teria ido atrás da gente, não acha?
- É isso faz sentido, mas mesmo assim! Isso é horrível!
- A casa é linda - disse divertida -
- Estou falando do fato de pessoas morrerem lá dentro não da casa.
- Eu sei Camila, eu sei. Tenta se divertir um pouco, vai?
- Tudo bem. - depositei um beijo em sua bochecha - Te amo coisa chata.
Eu tenho que admitir, também estava morrendo de medo daquela casa, mas tinha que mostrar a Camila que não tinha medo eu tenho 20 anos e a Camila 17. A diferença era pouca mas me sentia responsável por ela e queria cuidar da minha pequena. [...]
- Finalmente nos mudamos! - disse pulando no sofá -
- Emocionante, já podemos comemorar nossos últimos dias de vida.
- Camila por favor não seja estraga prazer. - ela riu e se sentou do meu lado - Tudo bem, vou dar uma chance a esse lugar - ela abraçou minha cintura - Mas se eu morrer é culpa sua - ela me deu um selinho -
- Camila, o que eu disse sobre contato labial? - a olhei tentando ao máximo não rir -
- Um dia você terá que aceitar até mais que isso - ela se sentou no meu colo -
- Não terei nada. - a joguei no sofá e ela suspirou -
Ela não gostava de mim, quer dizer, ela me amava como amiga mas as vezes ela gostava de "brincar" eu aceitei numa boa no começo pois eu sabia que ela nunca gostaria de mim e nem eu dela. Mas o problema é que de um tempo pra cá os selinhos se transformaram em beijos e os beijos em a Camila tirando minha blusa. Eu tenho que dar um basta, mas ela não aceita. Então eu controlo minha sanidade e quando percebo que está muito quente eu corto o clima.
- Desculpa dizer isso mas essa casa é sinistra.
- Sou obrigada a concordar, mas é antiga. Eu até que gosto.
Senti meu corpo todo se arrepiar quando passei pela porta do meu novo quarto, entrei lá e não havia nada, mas continuava arrepiando várias vezes.
Estava terminando de colocar minhas roupas no guarda roupas quando ouço um grito e um barulho de algo se quebrando.
Saí correndo e desci as escadas, vi Camila parada olhando para a parede suja de um líquido rosa e o copo quebrado no chão.
- Camila? O que foi Mila?
TO BE CONTINUED? OR NAH?
TO BE CONTINUED? OR NAH?
