- (seu nome) calma, o máximo que pode acontecer é você morrer - Demi brincou e eu lhe dei um soco - Ai garota - disse colocando a mão no local -
- Ei bebê - Lauren me abraçou - Não vou deixar nada acontecer com você ok? Eu prometo.
- Obrigada Laur. - sorri - [...]
Minha cabeça estava doendo então eu resolvi me deitar um pouco, depois de duas horas encarando o teto vi Lauren entrar pela porta.
- Está aprendendo a usar a porta, isso é bom. - brinquei e ela mostrou a língua -
- Engraçadinha - se sentou do meu lado - Então bebê, eu estava pesquisando algumas coisas e acho que sei como te ajudar.
- Como? - a fiz encostar na cabeceira da cama e deitei entre suas pernas -
- Os anjos. - a olhei esperando que continuasse mas ela ficou encarando a janela até que sorriu e voltou seu raciocínio - São seres puros e raros que rondam o mundo encontrando maneiras de ajudar as pessoas. O engraçado é que... - ela respirou fundo - Eles odeiam demônios como eu e a Demi, e sempre que encontram um de nós tentam nos mandar para as trevas.
Mas tem um... - ela deixou a frase morrer - Ally.
Eu a conheci uns cinquenta anos atrás, ela não me tratou como um monstro mas sim como uma amiga. Ela me ajudou em um dos piores momentos da minha "vida" - ela fez sinal de aspas com a mão - Eu tenho que encontrá-la, só ela pode nos ajudar. Mas não sei onde ela está antes que me pergunte.
- Seus olhos brilharam mais ainda quando falou dela - a encarei -
- Como eu disse ela me ajudou muito, e sou muito grata por isso. - ela sorriu -
Com dois dedos coloquei uma mexa de cabelo atrás de sua orelha.
Nunca havia parado para observar a Lauren, ela era realmente linda. Cada traço de seu rosto eram extremamente delicados.
Seus olhos pareciam duas esmeraldas que brilhavam intensamente e através daqueles olhos verdes conseguia chegar até seu coração, que era puro e bonito assim como ela.
- Lauren...- disse sem tirar meus olhos do dela - Como você morreu? - perguntei sem pensar, apenas dizia o que meu coração mandava -
- Foi uma semana depois da Demi - ela deu um sorriso triste - Meu pai bebia muito, ele batia em mim e na minha mãe quase todos os dias e depois nos ameaçava com medo de contarmos para alguém. Foram anos com esse sofrimento até que minha mãe entrou em depressão e morreu. Eu ainda o amava, mesmo ele tendo feito o que fez ele era um bom pai antes de começar a beber. Era tudo culpa do álcool, ele acabou com minha família. - ela respirou fundo - Um dia eu resolvi enfrenta-lo e ele estava totalmente alterado e eu sabia que não era só a bebida. - seus olhos verdes ficaram em um tom cinza e lágrimas molhavam seu rosto - Ele me segurou bem forte pelos braços e me pediu perdão e depois de muitos anos pude ver o meu pai de verdade. Só que depois de minutos ali ele simplesmente me empurrou e eu bati a cabeça no chão ficando em coma, só que o coma durou apenas três meses pois eu não resisti e... - ela abaixou a cabeça -
- Ei - a abracei - Me desculpe, eu não queria fazer você ficar assim. - ela me encarou e eu sorri -
Sua boca estava um pouco aberta e sua respiração estava pesada. Fechei os olhos por um momento e quando abri dei de cara com aqueles olhos verdes brilhando novamente, ela estava tão perto e aquilo estava me deixando louca.
- Eu sei que isso é estranho, eu te conheço a pouco tempo mas... - ela respirou fundo - Eu te amo. - ela sorriu envergonhada - Não sei se para vocês dessa época pode parecer clichê mas isso que eu sinto é verdadeiro, eu achei que não encontraria outra pessoa como a Demi que me faria sorrir que nem uma idiota ou que me fizesse querer proteger-la a todo custo. Mas você faz isso com uma intensidade inexplicável. Eu realmente te amo.
Aquilo me deixou um pouco atordoada no início, não sabia como reagir mas eu sabia que sentia o mesmo então só podia responder uma coisa.
- Eu também te amo Laur. - a abracei -
Seus lábios encostaram levemente nos meus, foi como se tivessem colocado algodão ou algo do tipo, eram tão macios... aquele beijo foi tão... sincero? Não sabia direito como descrever aquilo, mas ninguém nunca havia me beijado daquela maneira.
- Lauren, a Mila... - disse separando o beijo -
- Ela não gosta de mim (seu nome), ela disse que era fora de cogitação namorar um fantasma. Mas eu não me importo, acho que... no fundo era tudo uma atração.
Suspirei e ficamos deitadas ali em silêncio até que caí no sono. [...]
- Ei, ei acorda bebê - senti Lauren me abraçar - Vai ficar tudo bem, já passou.
Não entendi o que estava havendo, eu estava totalmente soada e tremula.
- O que houve Laur? - perguntei assustada -
- Você estava sonhando, bebê.
Quando ela disse aquilo um flashback passou pela minha mente.
- Você vai morrer de qualquer maneira e ninguém vai poder ajuda-la se uma de suas amigas interferir nos meus planos eu mato cada uma delas. - uma moça alta de cabelos que batiam no ombro repetia aquilo inúmeras vezes - Você não vai se salvar. [...]
- Bebê, você não que ir tomar um banho? Você está toda suada.
Assenti e entrei no banheiro ainda em choque. [...]
P.O.V Lauren.
Eu estava realmente muito preocupada com a (seu nome) eu não iria deixar nada acontecer com ela mas eu realmente precisava encontrar Ally.
- Ally por favor, se estiver me ouvindo - o que é pouco provável - por favor me ajuda. Eu realmente preciso de você agora. - ajoelhei no chão e nada aconteceu -
- Ela não vai aparecer assim do nada - Demi disse se deitando na cama - Ainda mais aquela baixinha idiota.
- Não fale assim dela, se ela não gosta de você tem motivos. Você tentou mata-la lembra? - comecei a rir - E depois de cinquenta anos você ainda não agradeceu por eu ter implorado para ela não ter te...
- Tudo bem, tudo bem já entendi. Não vou agradecer porque estava tudo sob controle, mas você deu uma ajudinha. Enfim, eu não gosto daquela baixinha metida a santa salvadora das almas perdidas e nem...
Não entendi porque mas Demi parou de falar e logo depois começou a se contorcer e a gritar de dor.
- Demi? Você está bem? O que... - ela foi arremessada no guarda-roupas - Quem é que esteja fazendo isso por favor, PARA! - eu disse e ela caiu no chão -
- Você não muda nunca não é?
Ouvi uma voz que conhecia muito bem e logo depois ela apareceu sentada na cama. Estava que nem da última vez, só que com o sorriso mais lindo.
- Ally! - eu dei uns pulinhos que nem uma criança e a abracei -
- Olá Lolo - ela sorriu - Quanto tempo não?
CONTINUA
Oi migos djladwab Eu agora vou postar todos os dias (quando der claro) muito obrigada por estarem comentando, de verdade. Amo vocês <3
